Alex's FM

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Apelo

Quando sentires vontade de chorar, não chores... Chama-me
Que eu choro por ti.
Quando sentires vontade de sorrir, avisa-me...
Que eu corro para ti para que possamos sorrir juntos.
Quando sentires vontade de amar, chama-me...
Que eu vou amar-te até á exaustão.
Quando sentires que tudo está acabado, grita por mim.
Que eu vou ajudar-te a reconstruir tudo de novo.
Quando achares que o mundo é pequeno demais para suas tristezas, chama-me.
Que eu faço dele grande para que caiba toda a tua felicidade.
Quando precisares de uma mão, não desesperes.
Que a minha será sempre tua.
Quando precisares de companhia, naqueles dias nublados e tristes... Ou nos dias ensolarados... Chama-me que eu vou, vou sim....
Quando estiveres a precisar ouvir alguém dizer: AMO-TE. Grita por mim
Que eu digo-te sempre e a toda a hora. Pois o meu amor por ti é imenso.
E quando não precisares mais de mim, avisa-me.
Que simplesmente irei embora, orando por ti.


Alex

domingo, 2 de agosto de 2009

Definitivo


Definitivo, como tudo o que é simples.
A nossa dor não advém das coisas vividas,
mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.

Sofremos por quê?
Porque automaticamente esquecemos
o que foi desfrutado e passamos a sofrer
pelas nossas projecções irrealizadas,
por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido
ao lado do nosso amor e não conhecemos,
por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos,
por todos os shows, livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado,
e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade fora.

Sofremos não porque o nosso trabalho
é desgastante e paga pouco,
mas por todas as horas livres que deixamos de ter
para ir ao cinema, para conversar com um amigo,
para nadar, para namorar.

Sofremos não porque a nossa mãe
é impaciente conosco, mas por todos
os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela
as nossas mais profundas angústias
se ela estivesse interessada em nos compreender.

Sofremos não porque a nossa equipa perdeu,
mas sim pela euforia sufocada.

Sofremos não porque envelhecemos,
mas porque o futuro está sendo confiscado de nós,
impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam,
todas aquelas com as quais sonhamos
e nunca chegamos a experimentar.

Porque sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer,
apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana,
que gerou em nós um sentimento intenso
e que nos fez companhia por um tempo razoável,
um tempo feliz.

Como aliviar a dor do que não foi vivido?
A resposta é simples como um verso:

Se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo, mais me convenço
de que o desperdício da vida
está no amor que não damos,
nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca,
e que, esquivando-se do sofrimento,
perdemos também a felicidade.

A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional....


Emílio Moura

domingo, 11 de janeiro de 2009

Caminho Doloroso



Na vida, que tenho eu ?
Esta tristeza que me assola

Que me persegue e me assombra

Sangro... Inevitavelmente

Mas... Traço um rumo,
certo ou errado...
Mas... Enfrento os
obstáculos
E... Desoladamente... Caminho
Orgulhosamente
...
Percorro cada milímetro de estrada
Mas... Continuo caminhando

E... Sangro por dentro
É
possível viver assim?
Desolado...

Com toda esta tristeza...

Já nem o silencio da noite acalma

Nem mesmo a infinidade de estrelas

Tão boas conselheiras até então...

Também
as desiludi? Porque se calaram ?
Porque se recusam a ajudar-me?
E... Sangro

Haverá simplicidade na vida?

Culpabilizar-me , será que adianta?

Não vislumbro o horizonte...

Esta
névoa que me bloqueia
E me deixa dormente de dor

Caminhar sozinho é um tormento

Caminhar sem ti
dói
Que saudades da paz
Da serenidade

Da tranquilidade

Que saudades de ti

Sangro incessantemente



Alex

A ilusão de que o sonho continua...

Na tentativa de garantir que algo fique do jeito que nós planeamos, fazemos loucuras e teimamos em não perceber a realidade...
Existem coisas que nós só aprendemos depois que as vivemos.
Na adolescência temos a ideia de que vamos descobrir um jeito especial de viver, de forma que só teremos prazer e felicidade.
Quando os problemas aparecem, ficamos desesperados.
No começo, a tendência é culpar sempre os outros; responsabilizamos os pais, o ser amado, os chefes; depois culpamos a nós mesmos e ficamos á procura do que está errado conosco, o tempo todo.
É um período em que vivemos depressivos, pois não conseguimos encontrar nada de bom em nós mesmos.
Em seguida percebemos que a felicidade é um jeito de viver a vida, não simplesmente uma colecção de momentos felizes, mas uma postura de compreensão diante dos acontecimentos de nossa vida.
Uma forma de entender que o sofrimento é inevitável.
Assim como o prazer também o é.
De um jeito ou de outro, eles vão aparecer, apesar da nossa maneira de administrar nossas vidas,porque viver é uma longa caminhada por entre desertos e oásis, avenidas congestionadas e vales totalmente abertos, mistérios que a existência prepara para vivermos, diversos pratos exóticos para saborearmos e, através deles,nos descobrirmos.
Mas o fato de saber que existe uma viagem preparada para nós não implica pensar em acomodar-se na vida, desanimar, desistir, porque, por outro lado, exige-se força para realizar a nossa missão no planeta.
O ser humano é parte de todo o universo e, certamente, não é o seu criador e muito menos o seu dono.
Essa postura através dos tempos, de senhor todo-poderoso, tem custado ao homem um constante sentimento de impotência e desânimo, porque ele acaba se isolando da realidade, da consciência do universo.
Esteja certo: tudo o que aconteceu foi perfeito! Esse foi o caminho que a existência encontrou para nos ensinar tantas coisas que precisávamos aprender.
Aceitar a morte, aceitar a perda, aceitar que tudo que está connosco um dia certamente não vai mais estar, é uma sabedoria que bem poucas pessoas conseguem obter.
As pessoas esquecem que tudo é temporário, inclusive a nossa permanência no planeta. Na tentativa de garantir que algo fique do jeito que nós planeamos, fazemos loucuras, negamos tanta coisa e não percebemos o que realmente está acontecendo.
Negamos a nossa própria capacidade de ver, para garantir um sonho; negamos a nós mesmos, aos outros, negamos aquilo que é real, para manter a ilusão de que o sonho continua...

Não posso imaginar um Deus a recompensar e a castigar o objeto de sua criação. ( Albert Einstein )

Dead Can Dance


" Escute seu coração. Ele conhece todas as coisas, porque veio da Alma do Mundo e um dia retornará para ela." ( Paulo Coelho )